À Virgem Maria, Rainha do Céu
Na última quinta-feira, dez dias antes da vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos, comemoramos a Ascensão do Senhor, onde Nosso Senhor Jesus Cristo elevou-se ao céu para tomar o seu lugar de direito à direita do Pai após cumprir sua missão salvífica em favor da humanidade. Quanta saudade, ó Mãe, vós não deveis ter sentido naquele momento, mas vós sabíeis que Nosso Senhor estava indo para o céu para estar no coração de todos, não só na terra do Israel, ele foi para estar mais presente em nós.
“Bem-aventurados os que acreditam sem ver”, disse Nosso Senhor, e assim Ele foi aos céus ficar escondido de nossas vistas para que pudéssemos ser bem-aventurados, para nos fortalecer na fé. E isso é muito importante, principalmente nos dias de hoje onde estamos, ouso dizer, em uma crise de fé. Nosso Senhor tem estado mais perto de nós do que nunca porque sabe que precisamos dele, no entanto, nós, como que cegos espiritualmente, não conseguimos enxergar.
É impossível, quando falamos da proximidade do Senhor e da vossa, Mãe, não falar de dois acontecimentos que marcaram o século passado. A vossa aparição em Fátima e as aparições de Jesus misericordioso à Santa Faustina. Ambas as aparições tratam de misericórdia e quer nos elevar no amor anunciando que não estamos sozinhos e que devemos entregar tudo ao Sacratíssimo Coração de Jesus e ao vosso Imaculado Coração.
Somente se entregando completamente ao Senhor pelas suas mãos, ó Mãe, é que seremos dignos de sermos elevados ao céu. É neste estado que devemos estar, leves, leves das coisas deste mundo para podermos alcançar o céu. Um avião ou um pássaro que carrega mais do que pode carregar não consegue voar. Como iremos voar com tanto peso? Com tantas preocupações do mundo? Como iremos ir para o céu com o peso do pecado que nos aflige? Como ir para o céu com o peso do nosso próprio eu, do nosso amor-próprio e egoísmo?
Como diz São Paulo na Carta as Colossenses (3, 1-4): “Portanto, se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são lá de cima, onde Cristo está sentado à destra de Deus; afeiçoai-vos as coisas que são lá de cima, não às que estão sobre a terra. Com efeito, estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando aparecer Cristo, que é a vossa vida, então também vós apareceis com ele na glória.”
Morremos com o Senhor na cruz e ressurgimos para uma vida nova com Ele, porém Ele levou a nossa vida com Ele para os céus na Ascensão e agora só devemos ansiar por revê-Lo e revendo-O, reveremos a nossa verdadeira vida, a vida que teremos no céu. Que não nos tornemos pesados pelas coisas do mundo, mas sim nos tornemos leves com as coisas do céu, que não pesam, mas somente nos elevam mais a Deus.
Que vós, ó Mãe, que já se encontra triunfante no céu por realizar tudo o que está acima descrito possa nos guiar pelo mesmo caminho.
19 de maio de 2021
A 5 dias da memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja